sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Vozes Mudas

O silêncio das horas mortas,

Que passam

Gritos mudos, ensurdecedores

Os sonhos profanados

Imagens do presente e do futuro

Misturam-se na minha cabeça

Num turbilhão de negro

Vozes invadem o silêncio e a solidão

Vozes desconhecidas,

De mundos distante

Vozes que não se ouvem

Puras!

Captadas pelo insensível

Vistas pelo invisível

Chorei!

Não poderei mais gritar

E a monótona vida propaga-se

Pela escuridão!

Revolto-me…

… Calmamente!

Recuso o meu destino

Recuso aceitar…

Um espaço vazio

Um enorme espaço vazio

Que me envolve

Perseguida pelas sombras da noite

Verde!

Cor da esperança!

Quando sei que não vale a pena esperar

O destino cruzou o meu caminho

A vida atirou-se de um precipício de ilusões

A perda inesperada

A realidade esmaga-me

Contra a crueldade da vida

Perdi-me…

… Na fronteira entre o desespero

E a insanidade mortal

A luz pagada

As sombras vagueiam

As vozes continuam a gritar aos mortos

E o mundo…

… Fica igual!

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