sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Hoje

O sol desponta no horizonte, temerário do dia que se avizinha…

Acordo da noite procurando no dia, um dia diferente… Um dia em que o caminho não seja em linha recta, em que as esquinas não sejam as mesmas…

Procuro parada, estagnada, frustrada, por palavras que adjectivem, que descrevam, que consigam… Não existem tais palavras, nem som, nem gesto…

Articulo em silêncio a voz de uma alma que não está lá mais! Peço às paredes que me cercam e me esmagam, peço para nascer outra vez, para ser diferente… ou igual a quem era!

Foste embora quando pensei que ficarias para sempre, soprando-me palavras de silêncio, mostrando-me carinhosamente a triste realidade dos mortais…

Foste embora num momento em que não senti… Fui eu que te pedi! Pensei que nunca partirias mas qualquer coisa seria preferível aquela dor agonizante em que jazia morrendo… escolhi o vazio… estava viva e não percebi! Deixaste um lugar vazio, o dos sentimentos que existe mas que eu não consigo alcançar…

Aqui abraçada ao que julgava ser o melhor mas não é nada… Como é que se explica a ausência da alma?

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