terça-feira, 15 de setembro de 2009

Um dia qualquer em 1995














É como se eu não fosse de cá
Tivesse nascido do nada
Num universo longínquo
Sem estrelas, sem sol...
Apenas um planeta gigante
Que nem sequer é redondo
E tudo o que nele existe
São cores mortas, cores tristes!
Onde não existem árvores
Nem mar, ném pássaros...
E que eu tivesse nascido nele
Por ele ser inútil
Para eu ser inutil também...
Esse planeta
Onde sinto que nasci
E que nao existe, mas existe
Porque é nele que vivo
E ele vive em mim...
Porque alguém lhe dá vida,
Alguém deu vida à sua morte
Que é apenas a realidade de alguém.
Onde as palavras, que não existem,
Se contradizem mutuamente, sem falar
E que parece que está longe
Mas não está!
Está mesmo aqui
E é nele que vivo.
É complicado perceber
Mas é uma simples questão
E não é só uma mão
Uma simples mão
Que escreve esta infinidade
De palavras sem sentido
É um coração sozinho, perdido!
Abandonado num planta plano
Sem contos de fadas
Sem uma história para contar
De geração em geração
Porque isso é coisa que nem sequer existe...
Um planeta onde não existe cor,
Nem luz!...
Existe apenas...
... apenas...
... apenas a monotonia da escuridão!

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