quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Sonhos de cristal invadem minha mente como se não existisse mais nada... deixo-me vaguear por esta torrente de bons odores e musicalidade com  que o ambiente que me rodeia foi presenteado... Fecho os olhos em meus sonhos acordada e consigo ver, quase consigo tocar... e sentir... Abro os olhos novamente e vejo-me onde sempre estive, aqui! Não me sinto só, solidão não significa estar sozinho, mas ser sozinho! E eu não me sinto só porque estou só, mas não sou só!
Apaziguo os medos da minha alma com um suspirar profundo e preparo a artilharia para a guerra que se segue, mais uma...
Não gosto de momentos de transição mas quando começo a pensar, todos os momentos são de transição, um momento das nossas vidas está sempre entre outros dois momentos e, portanto, cada momento é de transição do anterior para o próximo, só não damos conta disso na maior parte das vezes. Momentos como o que estou a viver tornam-se proeminentes porque são claramente de transição, o deixar de fazer uma coisa e estar a espera de começar a fazer outra. É como a pausa no meio das refeições. Mas não gosto de momentos de transição, não gosto de naão saber o que me aguarda, não gosto de estar expectante. Procuro não entrar em pânico à medida que o tempo passa refugiando-me nas palavras, nos sonhos, na imagnação. Mas sei, sei que não caminho sozinha, caminho de mão dada com o meu porto de abrigo, caminho direcção do nascer do sol e olho em frente.

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