quarta-feira, 6 de maio de 2009

Aqui...


Fecho os olhos e vejo... habito um lugar inóspito na minha mente, nada se avista... Estou cercada pela linha do horizonte, é igual para onde quer que olhe, exceptuando algumas irregularidades de relevo, é sempre igual, nada me diz para onde seguir para sair desta prisão sem grades... Estou acorrentada sem correntes, que me prendem aqui, onde ninguém pode chegar, onde ninguem me pode chegar! Fecho os olhos e ando à volta até nao mais conseguir, e quando parar, tenho um rumo escolhido, é uma maneira tão válida como qualquer outra para escolher um caminho... Abro os olhos para a imensidão do que me aguarda, mas não é nada, rodeia-me o que sempre me rodeou, perdi a bússula da vida, e parece que cada passo que dou, seja em que direcção for, me leva sempre para mais longe do meu destino, porque a trilha foi apagada, e eu já não consigo andar. Arrasto os pés pesarosos, deixando atrás de mim as marcas de uma caminhada cujo sentido se perdeu há muito tempo. Já não procuro, já não espero, já não sei...

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