Falaste-me ao ouvido
Num grito mudo de agonia!
Choraste nos meus olhos
Lágrimas sangrentas!
Viveste na vida
A nostalgia do sonho
Quando viste o dia nascer!
Fugiste nas trevas
Para o mais profundo esquecimento
E choraste!
O ponteiro da vida, imóvel
Gritava à noite!
Adormeceste…
E jazias numa gruta de tristeza
Num leito de dor!
Cantaste a melodia mais triste
Até perderes a voz
E quedaste naquele mundo sem vida
A descansar a alma que sofria
Olhaste nos olhos do vazio
Tentando encontrar nele uma alma
Uma réstia de sol
E fugiste do que não conseguiste ver!
O pânico dominou-te todas as veias
Onde o sangue parou de correr, desorientado!
E finalmente paraste
Para desejar o passado
Sentado agora,
Num muro inerte
Pensas apenas…
…que já não sabes viver!
1 comentário:
Lindo, continua :)
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