sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Noite

A noite cai

Plena e segura de escuridão

Escondendo nas suas grutas

Os meus sonhos

Selando com o silêncio

O batimento do meu coração

A noite esmorece a luz

Em espasmos de monotonia anoitece

E percorre os caminhos do horizonte

A noite cai

Lentamente

Tocando em meu rosto

Suavemente

Trazendo com ela a escuridão

A noite chora em meu olhar

Que uma lágrima cai

Uma estrela a brilhar

Mas não sangra em silêncio

A noite chora a dor dos poetas

Dos vivos, dos mortos

Dos sonhos imortais

E a noite diz-me

Baixinho ao ouvido

Diz-me que o sonho não será vivido

Nem nesta, nem na próxima noite…

… Já mais!

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