A noite cai
Plena e segura de escuridão
Escondendo nas suas grutas
Os meus sonhos
Selando com o silêncio
O batimento do meu coração
A noite esmorece a luz
Em espasmos de monotonia anoitece
E percorre os caminhos do horizonte
A noite cai
Lentamente
Tocando em meu rosto
Suavemente
Trazendo com ela a escuridão
A noite chora em meu olhar
Que uma lágrima cai
Uma estrela a brilhar
Mas não sangra em silêncio
A noite chora a dor dos poetas
Dos vivos, dos mortos
Dos sonhos imortais
E a noite diz-me
Baixinho ao ouvido
Diz-me que o sonho não será vivido
Nem nesta, nem na próxima noite…
… Já mais!
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