quinta-feira, 19 de novembro de 2009
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Adeus
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Perfeição
Perfeição? Na verdadeira acepção da palavra, não existe... não há nada no mundo que não tenha um defeito, por mais ínfimo que seja... Perfeição é como o vazio... desprovido de essência, de matéria, o vazio seria perfeito, não fosse ele a maior imperfeição que existe... é perfeito no que o constitui, mas será que o nada é perfeito? o nada é a ausência de qualquer coisa, ausencia significa falta, falta é uma falha, uma imperfeição... pois se nem o vazio é perfeito, onde é que existe perfeição afinal?
Queres saber o que é perfeição para mim?
A perfeição reside naquele abraço dado no momento certo, na sincronia com que os nossos corpos se unem ao mesmo tempo que os nossos olhares se cruzam... perfeição está naquela lágrima que cai de saudade... perfeição está naquela mensagem que chega ao meu telemóvel nos momentos mais imperfeitos da minha vida, e que os tornam menos imperfeitos...
Queres saber onde é que está a perfeição para mim?
Está no facto de ter a capacidade de dizer: "eu amo-te" e ser verdade.
Está no facto de receber como resposta: "eu também te amo" e ser verdade também!
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Um sorriso e uma flor
sábado, 10 de outubro de 2009
Still fighting... always fighting!
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
you're the one
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Incógnita
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Insónia
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Vitória
Mas pensei em ti, e lembrei-me que não me podia ir embora sem ir ver se tinhas conseguido entrar para a academia ou não... Mana! Quase que me vieram as lágrimas aos olhos quando vi lá o teu nome, ainda por cima para TMAEQ, é que não só entraste, como também entraste para a unica vaga que havia para a tua especialidade... não imaginas o que fico feliz por ti! Depois da tua vida ter sofrido uma derrocada, tudo acaba por se compor... é uma vitória merecida mana... e a Força Aérea fica a ganhar, sem sombra de dúvidas... e tu, olha... ganhas mais uma licenciatura... fiquei com pena de apesar de todos os meus esforços, não ter sido a primeira a dar-te a notícia... ainda tive esperança quando cheguei ao pé do telemóvel depois de ter entregue a arma e vi a tua mensagem desesperada, por não saberes nada! Depois não atendias, assim que vi que tinhas entrado fui a correr até ao carro, corri o mais depressa que pude, para te contar, para te dizer... Ambas sabemos que agora vai ser complicado, tens três anos de trabalho árduo pela frente, mas tu nunca te assustaste com o trabalho... Tenho pena de não te acompanhar nessa tua nova etapa... mas há alturas em que temos de fazer opções...não sei se me arrependerei um dia, mas neste momento, apesar de o meu futuro estar um pouco desfocado, sei que não é continuar a vestir uma farda que eu quero... estou cansada destas botas... estou cansada, e já não sei responder "sim senhor"... ja refilo por tudo e por nada, já tudo nestas pessoas, nesta instituição me irrita... no ano passado estava mentalizada para tudo isso... estava a fugir... mas agora... agora não tenho mais porque fugir!
Estou feliz por ti mana, e sempre acreditei que conseguias, ainda ontem te disse que era futura cadete! Porque é que tu nunca ligas ao que te digo?
Adoro-te irmã! Força e coragem... sabes que estou aqui quando te quiseres queixar da academia, ou deste ou daquele instrutor! Boa Sorte!
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Amanhecer...
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Para ti
Olho para trás... tempos idos que não voltam.. Lembras-te deste dia?
Os teus 23 anos... há quanto tempo? Não me lembro se és mais nova que eu um ou dois anos, portanto, ou foi há 2 ou 3 anos... parece que foi noutra vida... recordo com saudade de dias como este e enchem-se meus olhos de lágrimas quando me apercebo que foram dias que não voltam mais e que as nossas vidas seguiram caminhos separados... dói-me porque sei que não poderás ligar-me para ir ter contigo só para chorares no meu ombro... da mesma forma que também eu não o poderei fazer... dói-me que neste momento não o possas fazer porque sei que onde estás, ninguém te compreende como eu te compreendo. Queria... queria poder pegar-te na mão, agora que estás meio cega, meio perdida, e guiar-te através dessa escuridão que te rodeia... guiar-te até te trazer um pouco de luz, um pouco de paz... até poderes acreditar...
Adoro-te mana! Nunca estarás sozinha... de mãos dadas...
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Um dia qualquer em 1995
É como se eu não fosse de cá
Tivesse nascido do nada
Num universo longínquo
Sem estrelas, sem sol...
Apenas um planeta gigante
Que nem sequer é redondo
E tudo o que nele existe
São cores mortas, cores tristes!
Onde não existem árvores
Nem mar, ném pássaros...
E que eu tivesse nascido nele
Por ele ser inútil
Para eu ser inutil também...
Esse planeta
Onde sinto que nasci
E que nao existe, mas existe
Porque é nele que vivo
E ele vive em mim...
Porque alguém lhe dá vida,
Alguém deu vida à sua morte
Que é apenas a realidade de alguém.
Onde as palavras, que não existem,
Se contradizem mutuamente, sem falar
E que parece que está longe
Mas não está!
Está mesmo aqui
E é nele que vivo.
É complicado perceber
Mas é uma simples questão
E não é só uma mão
Uma simples mão
Que escreve esta infinidade
De palavras sem sentido
É um coração sozinho, perdido!
Abandonado num planta plano
Sem contos de fadas
Sem uma história para contar
De geração em geração
Porque isso é coisa que nem sequer existe...
Um planeta onde não existe cor,
Nem luz!...
Existe apenas...
... apenas...
... apenas a monotonia da escuridão!
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Mana
Gostava de ter também uma foto nossa, mas todas as que tiramos foram com a tua máquina e tu nunca mas passaste. :b
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
12 de Maio de 2002
As luzes desmaiadas
Aquelas que brilhavam outrora
E agora se escondem, se apagam
Me envolvem em intensa escuridão
Sangram na noite
Cantando suavemente
A dor e a angústia que as envolve
Dizem-me adeus tristemente
A partem lentamente
Cada vez mais desvanecidas
Elas eram duras, as luzes
Mas sentem-se enfraquecidas
E enfrentam a solidão
Com uma expressão serena no olhar
Tentando não chorar
Largando-me suavemente
Afastando-se severamente
E nunca mais vão voltar!
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Quero gritar, quebrar as correntes que me prendem, o gelo que se acumula em meu coração e não me deixa sentir, nem que seja dor! Não quero ser assim... fria, insensível... não quero ser este não eu que voltou e não quer partir... Não quero mas não consigo...
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Não sei
As lágrimas secam mais uma vez, o leito do meu rio torna a secar,e eu caio em vazio desmedido porque não sei... não me sei libertar das amarras que me prendem a tamanha escuridão, não sei procurar mais... não acredito mas sou incapaz de negar... e mantenho-me assim, num estado de esterna incerteza... espectativa oscilante...
Percorro as paredes que me tentam embalar, procurando a minha sombra que não existe mais porque a alma volta a cair...
Porquê?
terça-feira, 21 de julho de 2009
A verdadeira amizade
Ligaste-me de madrugada... primeiro confusa... depois... bem... depois enraivecida... mas tu és assim... consegues ser tão bruta a dizer as coisas, não te levo a mal, sei que nunca me julgarias, mas percebo a tua revolta... estaria igual numa troca de lugares... és uma amiga verdadeira...
Nunca pensei voltar a contar uma história desta maneira, não tão distante de mim própria... é aquela sensação... mas qual sensação? não há sensação alguma, pura e simplesmente falei de mim como se estivesse a falar de outra pessoa qualquer... Conseguiste fazer-me rir...
No meio de tudo continuo a ter a confirmação que tenho um dos bens mais preciosos que se pode encontrar a face da terra... tenho a verdadeira amizade... não é aquela em que os "amigos" dão palmadinhas nas costas e dizem que vai correr tudo bem... não é... dizes sim, mas apenas nas alturas certas... tenho aquela amizade em que mando uma sms as 6 da manha e recebo um telefonema logo a seguir... tenho daquelas amizades que me gritam aos ouvidos que eu me deixo pisar.... tenho daquelas amizades que sei que nunca passarei frio no Inverno... mesmo que tenhas tu de passar... não sei como vou atravessar este dia de trabalho, a verdade é que estou tão cansada dos ultimos dias que nem consegui dormir... por agora ainda tenho concentração e não tenho sono... estou racional... desprovida de amoçoes o que é bom, ao menos não me toldam o pensamento... mas fica descansa, que eu vou dormir duas horitas ao quarto antes de me meter no carro para ir para casa... está tudo bem... hoje é terça feira, um dos piores dias da semana, quer dizer, costuma ser mesmo o pior... não sei bem porque... mas normalmente é o dia que há mais volume de trabalho... pode ser que assim ocupe a cabeça, se este estado de passividade entretanto me passar... se ele não for permanente... se ele não for... pode ser que não seja...mas sinceramente não sei se quero que ele passe... neste momento não sei se quero... ao menos estou calma, não sou assaltada por crises de ansiedade, nem com problemas de concentração... apenas não consegui dormir... apenas isso. Queria poder-te mostrar que faria o mesmo por ti, mas acho que tu sabes isso... ainda assim, foram mais as vezes que te acordei de madrugada do que tu a mim... Adoro-te mana do meu coração... apesar de ires embora, sei que nunca me deixarás sozinha e isso é uma benção para mim... bem, já são 7:40, vou tomar banho para ver se consido sair deste estado de torpor... mas tal como te disse ao telefone, até é uma boa tecnica para não chegar atrasada... não dormir... normalmente atraso-me por não acordar... foi uma piada seca, nem eu me estou a rir da minha propria piada...
Porquê?
Todas as minhas são em função daquilo em que acredito, e no fundo eu não acredito que as pessoas são más, ou têm más intenções... as vezes não entedemos as atitudes dos outros porque não fariamos assim, comigo acontece frequentemente... aprendi a ser um pouco tolerante e a deixar um espaço para que as pessoas sejam livres de ser quem são, e de ter as suas proprias atitudes, tentando não as julgar só porque não compreendo... ás vezes peco por ser tão crédula, por não ver maldade... sempre fui assim... e há quem consiga atingir-me pegando nisso mesmo, na minha falta de discernimento para perceber quando os outros só querem destruir o que tem sido construido com todo o esforço do mundo... Odeio ser assim! E odeio quem se aproveita disso para me tirar o que me resta! Custa-me acreditar que tanto luta, tanto esforço, tanto sofrimento, tenha sido em vão, tudo o que se foi construindo a custa de tudo o que tinha de mim, é levado assim pelo vento, por palavra que eu não vi serem maldosas... custa-me... custa-me a vida renascida em mim... e custa-me que as pessoas que me querem mal vençam, quando não merecem vencer... dói-me a alma que me abandona novamente, só que desta vez...não vai voltar!
Para todos os que agora gritam vitória.... hão-de pagar...
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Aqui
Eu sei que o nevoeiro é denso agora, e que apenas vês as dificuldades... estás-te a esquecer de olhar a tua volta porque nem todas as saídas estão à frente dos nossos olhos, às vezes temos apenas de continuar a andar, com paciencia e preserverança, acreditando sempre que a saída existe... porque ele existe mesmo, só não está a vista... mas está lá... para ser encontrada na altura certa, na altura em que estivermos preparados, na altura em que a merecemos realmente...
Acreditas-te fraco, conbarde, sem valor... as palavras "não consigo" saem dos teus lábios como o refrão de uma música... Estás tão engando, estás tão cego em relação a ti mesmo que não percebes, não sabes... Quem me dera poder dar-te um pouco da minha fé em ti! Quem me dera poder mostrar-te a ti próprio através dos meus olhos... talvez assim soubesses... talvez assim te conhecesses...
sábado, 18 de julho de 2009
Nostalgia
Eu explico: Eu estudei na Golegã até ao 10º ano. Quando andava na primária, eramos apenas crianças da terra, só que existe uma aldeia, a Azinhaga, 0que faz parte da Freguesia da Golegã que não tem aquilo que naquela altura se chamava o "ciclo", então os miúdos de lá, quando passavam para o dito ciclo, vinham estudar para cá...
Cheguei lá, com a minha irmã, e dou de caras com uma rapariga que, com a inocencia de idades tenras, apelidei de amiga... Era uma rapariga que, de uma forma ou de outra, contribuiu para o que sou hoje... Lembro-me de na altura gozarem comigo, sempre fui pequena e demorei a desenvolver do corpo de criança para o corpo de mulher... Hoje olho para ela, e tenho pena de ter alguma vez desejado ser como ela... Primeiro porque vi reconhecimento no seu olhar, logo seguido de um virar a cara de quem finge descaradamente que não me conhece... Será que custa dizer olá? Um simples aceno de cabeça? Vejo-a com um filho nos braços, com o 9º ano de escolaridade, conformada com a vida que escolheram para ela, porque não poderia ser mais, e pergunto-me: será possivel ela ter sido invadida pelos mesmos pensamentos que eu? Que se esteja a lembrar de como, depois de uma aula de educação física, reparou na minha vergonha ao despir-me, e por se achar tão agradável à vista, se sentiu no direito de me humilhar porque eu era lisa como uma tábua, aos 13 anos? Porque na altura se achava sábia e dona do mundo, porque a beleza abre muitas portas, infelizmente é realmente assim que o nosso mundo funciona. A unica coisa que posso pensar é que por estar com mais cerca de 30 kgs do que tinha na altura, se tenha lembrado dessa mesma situação e tenha tido vergonha, e tenha percebido como me senti, tão, mas tão inferior... Entristece-me que as pessoas sejam tão mediocres, e que se rejam por princípios tão superficiais, tão desprovidos de conteúdo...
A verdade é que não fui ali para me vingar, nem me sinto bem por fazer as pessoas sentirem o mesmo que me fizeram sentir a mim, mas a vida acaba realmente por ser justa mais cedo ou mais tarde, e cada um paga pelo mal que faz aos outros.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Tupida
O espírito com que para lá entrei, foi o espírito que mantive até ao fim... a maneira mais facil de ultrapassar momentos dificeis na nossa vida é levar as coisas com leveza... Foi precisamente isso que fiz, tentei fazer tudo o que me mandavam, só não fiz o que não consegui, mas ninguém me ouvia queixar... engraçado, lembro-me como se fosse hoje... houve uma rapariga do meu pelotão, ele era SS, foi-se logo embora a seguir a recruta, para o Lumiar, nao me lembro bem, mas penso que o nome dela era Ferreira. Ela chegou só no dia a seguir ao primeiro dia de recruta, e à hora de almoço, já estava a chorar... lembro-me tão bem dos olhos dela, vermelhos, e de olhar para mim e perguntar: "voçes gostam disto?", ela era filha de um ajudante, pensei que deveria ter uma noção do que era a tropa... mas não tinha, e estava desesperada. Ela era uma das duas que ao Domingo a noite já estava agarrada ao telemóvel a chorar que se queria ir embora, acho que eu na altura era um pouco inconsciente, mas não podia evitar entrar na camarata a rir. Falei nela por uma coisa. Ela não gostava muito de mim, apesar de eu andar sempre a puxar por elas, por ela e pela Piteira, lembras-te? Mas a Piteira era diferente, essa idolatrava-me, tentava-me imitar, mas ela não gostava de mim por eu me rir delas... só que ria-me delas, e ria-me de manhã quando ia tudo a sair do alojamento para ir para a primeira formatura, e ia tudo coxo a minha frente, até as cadetes e tudo, dizia-lhes: "saiam da frente suas coxas!!!", grande moral, eu que estava tão coxa quanto elas... mas essa rapariga chegou ao pé de mim no final do juramento de bandeira e disse-me: "eu admiro-te! Porque eu não acredito que tu não tenhas as dores que nós temos, que não tenhas bolhas nos pés como nós, nem que não te custe tanto, ou se calhar até mais do que a nós, e não te oiço queixar, não vejo uma lágrima, e andas-te sempre a rir!" Isto foi uma coisa que me ficou marcada, mas que acho que reflecte o espírito com que enfrentei a recruta. Foi o mesmo desde o início até ao fim. Só me fui abixo quando fiquei lá de fim de semana de castigo por ter fumado na prova de OTOP porque de resto andei sempre bem disposta. Andava era sempre a encher por não me vergarem, mas pronto, isso é outra história.
Isto tudo para te explicar a minha descontracção...
Agora, falando em memórias, a minha memória trai-me de vez em quando... invadem-me memórias todas ao mesmo tempo, mas quando tento isolar uma para falar dela, desaparecem todas. Ainda há pouco me estava a tentar lembrar de uma coisa que me contaste um dia aqui no quarto, sobre uma resposta que um ex teu te tinha dado na altura, e que eu me ri como uma perdida, aliás, duas horas depois, cada vez que me lembrava desatava a rir sozinha, mas não me consigo lembrar do que foi. E tu também não, de certeza... Mas lembro-me por exemplo, de como me fartei de rir de ti, quando foste tirar o aparelho dos dentes, e tiveste que cortar o freio da gengiva, estavas tão cómica a falar... bora jogar ing-ong?
Tenho saudades das nossas horas de almoço, até de estar a tua espera eu tenho saudades... ou de ficar com o rabinho na cadeira enquanto tu vais buscar salada para as duas. Aliás, não quero saber, enquanto eu cá estiver vens cá almoçar comigo, porque estou um bocado cansada de estar constantemente a dizer sim aos maçaricos, uma pessoa nem come descansada... vá lá que agora as mesas estão dispostas de forma a serem menos pessoas por mesa porque estar a correr uma mesa co 500000000 pessoas a ver se sou eu a mais antiga, vai lá vai!
Tenho saudades dos nossos jogos de matrecos a solo uma com a outra, riamos-nos tanto! Tu principalmente com o meu mau perder...
Tenho saudades... tenho saudades tuas minha tupida... fazes-me tanta falta... fazes-me falta nos maus momentos, mas fazes principalmente falta nos bons que não são tão bons por não estares aqui...
Estava-me aqui a lembrar das nossas primeiras idas ao clube para não parecermos bichos. Lembro-me particularmente daquele em que ainda cá estava um cabo velhinho da policia, o Abreu, lembras-te? E de irmos as três, eu, tu e a Gonçalves... e o homem não nos queria deixar ir embora, aliás, tivemos de disfarçadamente beber a cerveja, já quente, da Gonçalves porque ela não estava habituada a beber. E depois quando ele disse que duas podiam ir embora mas que uma tinha de ficar. Lembro-me tão bem! A Gonçalves desgraçava-se se ficasse, a mulher não tinha ponta por onde se lhe pegasse. Decidi ficar eu, tu sentiste-te tão mal por me deixares lá sozinha... também não fiquei muito mais tempo porque entretanto o homem já estava tão bebedo que se esqueceu de mim, só que eu tinha um problema, o meu sentido de orientação. E como é que eu ia do clube para o alojamento? Estava lá o Nogueira que acabou por me ir levar, foi a minha sorte, apesar de ter de levar com as teorias dele. Na altura não achamos muita piada a situação, mas depois já nos rimos disso... nunca mais na minha vida beberei cerveja quente!
E quando começaste a nadar? Tu dirias que era preciso muita paciencia, e que tive muita paciencia contigo, por causa da tua fobia, mas mana, não foi preciso paciencia nenhuma, era uma coisa que eu queria, que tu perdesses o medo da água. Mas confesso que foi muito engraçado, quando desceste daquele escorrega para uma piscina com água pela cintura e quando chegaste cá em baixo entraste em panico por causa de te ter entrado água para o nariz. Bem! Tu escorregavas naquilo de uma maneira.... para meu azar, que tinha de me arrastar para sair do escorrega e tu nem esperaste para me ver sair mandaste-te logo. Eu realmente precisava de um empurrãozinho. E as primeiras braçadas que deste? Cada braçada que davas afundavas-te um bocadinho, terceira braçada já estavas completamente submersa... era tão engraçado! Ou aquela vez em que estavas solta na piscina já com água pelo peito e eu reparei que não estavas agarrada a nada, e quando fiz o comentário, entraste em panico porque não te tinhas apercebido. Adorei os nossos verões, tanto nas piscinas, como na praia, a apanhar ondas, lembras-te? e mesmo no aquashow... a malta pode ter fome, bora levar dois quilos de maçãs...
Fogo, tenho tantas saudades de tudo, até das nossas zangas... e depois quando nos voltavamos a entender de ti a dizeres-me como eu era uma besta a dizer as coisas...
Adorei quando me ligaste a dizer que tinhas passado nos testes físicos, tanto no ano passado como neste... embora tenha ficado um bocadinho melindrada por este ano não me teres dito que ias fazer... pronto, no ano passado três das tentativas fizemos juntas, só que eu passei a terceira e tu não... senti-me mal na altura, e até te falei nisso, por te ter deixado para trás, tu estavas a abrandar o ritmo e eu tive de seguir para a frente... depois acabaste mesmo por desistir e a Gerónimo fez a ultima volta comigo...
Tenho saudades, de apesar de termos saido poucas vezes juntas, tenho saudades de sair contigo... Aquela vez que saimos quando eu estava naquele estado de entorpecencia com a vida, e tu saiste só por causa de mim, porque estavas cansada... e foste, e ainda tiveste de me aturar com os copos, ainda por cima torci o pé... aliás, assim que o torci nem me mexi mais, vi logo o que tinha ali, já conheço tão bem o som dos fiozinhos dos musculos a partir, quer dizer, não é o som, é o sentir, mas é como se fosse um som. A Martins é que foi logo ter comigo porque vinha atrás de mim... e estava a chover tanto, tiveste de ir a chuva a correr buscar o carro para eu não ter de andar naquele estado. Paráste na Galp para comprar gelo, mas só vendiam aos sacos de um kilo, nem te dei tempo de tirar uns cubos para pôr no tornozelo, peguei mesmo no saco... aturaste-me tanto nessa altura, eu estava tão parva... até metia dó! E tu não sabias o que me havias de fazer porque eu estava a desistir... estava tão perdida, tão sem esperança de me encontrar, parecia naquela altura que tudo me tinha corrido ao contrário, e eu não só tinha perdido todo e qualquer objectivo como nem sequer tinha já vontade de sonhar, mas tu estavas lá...
Não houve queda que eu tivesse dado desde que apareceste na minha vida, que não tenha sido amparada por ti, e que tu não tenhas sentido também... cada uma de nós não consegue conter as lágrimas quando vê chorar a outra... e apesar de ir chorar menos agora, porque não te vejo a dor quando ela aparece, dói-me na alma por saber que mais ninguém vai ter capacidade de chorar contigo... quando tu precisares...
Também te adoro mana do coração, e uma coisa te garanto, se tu não tivesses existido na minha vida, eu hoje não estaria aqui. Foste tu que não me deixaste desistir...
quinta-feira, 9 de julho de 2009
O meu farol
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Para ti, Ana!
Lembro-me de quando te conheci, em Vila Franca na estação dos comboios, tu já estavas em curso e eu ia entrar para a recruta no dia a seguir. Lembro-me de andares lá, tu e o pessoal do teu curso, no meio do pessoal da recruta a avisar, dissimuladamente porque voçês não podiam falar connosco, que nós iamos ter uma daquelas noites que todo o recruta receia... as famosas caminhadas nocturnas pelo meio do mato, com a famosa mochila, a G3, o capacete (que na altura era de ferro, e não de plástico, como são agora) e o cantil preso no cinturão (que tinha de ir ou cheio ou vazio porque se não fazia barulho)... Lembro-me de imediatamente a seguir a saber a minha colocação que te mandei uma sms a dizer que ia para o pé de ti e que me apresentava em Beja na segunda-feira... Lembro-me... Lembro-me de tanta coisa porque há muito para lembrar! Das nossa zangas que passavam em 5 minutos.
Nós somos... sempre alvo de muita inveja porque as pessoas não podem compreender como é que duas pessoas confiam de olhos fechados tanto uma na outra! Tanto veneno que tentaram meter, tantas pessoas que tentaram tirar o meu lugar porque não percebem que a amizade que nos une é um laço mais forte do que um laço de sangue precisamente por isso, a amizade não se deve, dá-se! A amizade não se exige, pura e simplesmente acontece...
Lembras-te das nossas aventuras nocturnas? Daquela história que ainda hoje vive no meu antigo quarto? Daquela noite que tive de ir dormir contigo porque até eu entrei em pânico, a Vanda é que não gostou muito dessa história. Lembras-te das noites em que eu estava de serviço e tu me perguntavas se eu não me importava que tu estivesses a estudar? E depois nunca estudavas, punhas-te na conversa comigo... E daquele riso quase infantil, convulsivo com que facilmente desanuviavamos dos nossos problemas porque uma de nós se lembrava e fazia uma piada com o próprio problema...
Olho para trás e vejo, e sei, que me teria perdido se não tivesses estado lá há dois anos, se não tivesses sido o meu amparo, a minha tábua de salvação... Eu estava tão perdida, tão confusa, tão a entrar num estado de depressão, e lembras-te das tuas palavras? "Chega! Tu não te podes deixar cair nesse estado de depressão, não podes deixar de reagir, assim vais-te perder! Tu és forte, tens de contrariar esses sintomas, se não tens vontade de sair, sai, mas faz qualquer coisa porque não podes ficar assim", eu via raiva nos teus olhos, não de mim, mas do que se estava a apoderar de mim e da impotencia para me ajudar que estavas a começar a sentir...
E depois a tua mania irritante de me aconselhares com as minhas próprias palavras...
Tu para mim és a menina que não teve oportunidade de ser criança, és a mulher de armas que por mais que a vida tente derrubar, não baixa os braços...
Agora já acalmei, com as escrita, as lágrimas cessaram mas o coração continua a sangrar... Metade da minha força residia no facto de te saber perto. Eu podia entrar no quarto as 3 da manhã lavada em lágrimas que tu não me repelias.
E o dia em que fiz os 27 anos? Fui à tua esquadra e tu foste-me buscar um croissant com duas velinhas, foi o meu unico bolo de anos, sabias? Eu quis guardar as velas e pu-las na porta do carro, só que como sou tão distraída como tu, esqueci-me lá delas e derreteram... ainda lá estão que eu não sei como é que vou tirar aquilo, volta e meia fico com um pedaço de cera enfiado nas unhas quando fecho a porta do carro...
Eu poderia passar aqui o resto da noite a descrever todas as memórias que me invadem, mas tu conhece-las todas. De todas as vezes que chorámos a dor uma da outra, porque eu não consigo sentir-te triste e ficar indiferente e tu também não. Ou do amanhecer... que mau feitio ao acordar!!! tanto uma como a outra. Nenhuma das duas abre a boca para dizer nada quando acorda, só depois de vir da casa de banho, o engraçado é que isto nunca foi combinado e sempre foi assim...
Miuda, tenho tantas saudades tuas... custa-me tanto ver-te partir. Eu sei que é egoista, mas já me estou a sentir tão sozinha...
Sabes que te desejo toda a sorte do mundo e que estou muito feliz porque pelo menos uma de nós conseguiu alguma coisa. Sei que nunca vou perder a tua amizade, mas já nada vai ser igual.
Boa Sorte!
terça-feira, 7 de julho de 2009
Hang on tide, the sun will rise
sexta-feira, 19 de junho de 2009
For you
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Sou...
Passos que se perdem na imensidão de nada, luta renhida pela espada, e nada será igual, porque empunhei o destino e não verguei… Revolto-me, reajo e luto, com tudo o que tenho e o que roubo ao vazio, como o vazio me roubava a mim… corro, paro e escuto o som da corrente de palavras que se libertam de um olhar que jazia morto no fundo do mar… abraço a imensidão do que me aguarda e grito ao mundo que não vou mais parar, porque agora encontrei o trilho do caminho que me guiará onde tenho de ir, para ser, para viver… escuto os passos das dificuldades, mas não me assusto, pé firme em terreno sólido e não me demoverei, porque hoje sou!...
Cresço e torno-me no gigante que tudo conquista, ocupo a imensidão do espaço vazio que me envolvia, e revelo-me a mim…
No final, serei eu que estarei de pé, empunhando numa mão a espada que me deu a vitória, na outra a misericórdia pelo que pereceu a meus pés! Sou…
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Fighting
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Back!
Seeking for a way to get through these walls that keep me out. After a long time away from myself, I got back, and I stand still, no regreats! Here I am waiting for the big wave, ready for the incoming lightning, open arms to recieve the fight! Here I stand aware of the abiss that layes ahead! Here I am with my healed soul. I stand still, no fear, no regreats, only the sight of what I stand for...
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Aqui...
domingo, 3 de maio de 2009
This is it...
This is the story of my life… A storm all the time, the restless rain coming down on me, burning my eyes…
I could start with a “once upon a time”, but this isn’t a fairy tale, there won’t be an “and they lived happily ever after”, there’s no such a thing as eternal happiness. That’s not my story, not my life! I can always start a fight, but it becomes endless, I always lose control. Days go by and I feel I’m still standing because I can no longer fall! Days go by and I look the same, but deep in my eyes I can see, the storm is just about to get worse, the storm is just about to get the worst! I look at the horizon and the light seems different, the colors aren’t vivid anymore!
The darkness approaches my eyes, I try to repel it, but it’s becoming stronger, so much stronger than my own strength. I’m fighting myself to not give up, but I’m already getting on my knees. I look out the window, I just want to be gone, so far, as far as the eye can see. The emptiness touches my soul and I feel cold, I freeze, I can’t scream, my voice got stuck in the shadows, It can’t be heard no more. Now the words that come out my leaps don’t seem like mine, the sound I heard from my throat isn’t natural, I’m getting caught by something I cannot explain, that cannot be seen, that no one else feels, but still, it’s here, and it saw me, and it won’t give me in… every time I get to be alone, it moves closer, I almost can feel it’s breath, I’ll end up losing myself, but not without struggling.
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Olho no espelho e nao reconheço nem o rosto, nem o olhar... não sou...
Perseguem-me as sombras dos objectos cadentes, ocultos nos raios de sol, fictícios da madrugada.
Cavo uma sepultura eterna, deito-me aguardando que o sol se ponha, e nao procuro mais!
Back again
This! Isn't what I dreamed of, these aren't the roads I should follow...
The tears are dry! The water is bitter!
There is no longer an answer for me.
I got back, and can't set free!
segunda-feira, 23 de março de 2009
Sonho
Olhei no teu olhar turvo
Morte que te aproximas distante
Segui teus passos negros
E fugi na noite
Ao longe aviste o luar
De mil cores pintado
Libertando o aroma do vazio
Misturando-se num negro doentio
De solidão...
Lágrimas libertaram-se dos meus olhos
Num flamejar de esperança
Desfeita pela desilusão
Cantei!
Cantei e ao cantar descobri
Senti
Senti-te envolveres-me
Tocar em meu rosto
Minha face apagada
Pegares-me na mão
Como se de porcelana se tratasse
Vi em teus olhos a certeza
Vi em teus olhos a dúvida
A alegria, a tristeza
A vida, a morte, a súplica!!
Que te gritei
Morte que caminhas lenta
Com um corpo de rocha feito
Senti teu cheiro pestilento
Tuas mão viscosas de carne viva
Passares as mão pelo meu corpo nú
Penetrares no meu olhar
O teu olhar mortífero
Prenderes-me com correntes de fogo
Queimando-me a pele
Branca e leve
Querendo fazer-me
Beber do teu sangue
Veneno que queima
Corrosivo para a vida
Gritei!...
...Acordei.
1999domingo, 22 de março de 2009
Another day gone by, without an answer... Powerless I feel... I hear the storm coming back again, and I know I'll drown with the flood.
Pain and anguish rise up from the ground, and I know, I'm still here!
Trying to prof myself wrong!
Those aren't the lies I needed to hear... surviving against a whole world of disappointment...
sexta-feira, 20 de março de 2009
Lonely
sábado, 28 de fevereiro de 2009
Vazio
As vozes gritaram, não quis ouvir, os sonhos mostraram, fechei os olhos... O destino ergueu-se da lama, do lodo, tocou-me, nojento! Desenterrou do fundo do túmulo o que a morte tinha levado, varreu o pó das memórias e tudo regressa a um aviso, tudo regressa ao que ouvi e vi... Estava escrito nas linhas do destino que assim teria de ser... Que tinha de morrer, de me sepultar, de ser vazia, de tudo e de nada, porque havia demasiado vazia nas coisas que sentia e depois... Demasiado vazio no vazio!
Sufoquei, gritei, gemi! Tinha de me libertar, de me prender, de viver, de ser tudo e ser nada, porque a sombra sempre me acompanhou... Fugi, mas não consegui escapar, nunca me poderia esconder...
Sou... Nem sei mais... Somos o que vivemos... Quando não vivemos, somos o quê?
Roubaram-me primeiro a inocência e deram-me guerra, depois tiraram-me a guerra e deram-me paz, no meio tempo foram-me dando e tirando tudo quanto havia de bom e de mau! Depois... Tiraram-me a alma, a esperança, tiraram-me de mim, e quando pensei que não poderia estar mais perdida...
... Roubaram-me também a dignidade!
Agora...
... Estou apenas...
... Sentada na beira do rio...
... Hei de ver-te passar!
19Jul2007